Menina de ameno olhar
São as silvestres manhãs
Que recordam o ontem
Cujo nome é exclamação
E termina numa dureza que se amacia
Na gentileza da convivência
As velhas estradas, menina,
Que te levam a lugares onde nasce
A religiosidade das serenas noites
São querências gémeas,
Que desde te envolvem
Com a sua simplicidade...
O ar hospitaleiro das tuas mãos
O chamamento dos teus sinos
O sopro de uma mesma brisa
Com gosto de mar e cheiro de açúcar
Minha menina...
Mostras-me a poesia de um sábio
Cuja sabedoria é o amor
À terra traduzido em palavras
A de um artista do traço
Cuja mão leve colhe a seiva que broto, o
Horizonte que te mostro como se fossem flores, e
De explicações dão o toque seguro de luz
Da menina que há nos campos silvestres
E sorri em gargalhadas soltas que ecoam
Qual Van Gogh, com os seus girassóis
Qual Eugénio de Andrade, com a sua Balança
"No prato da balança um verso basta
para pesar no outro a minha vida."
Qual Renato Russo com "Disciplina é Liberdade,
Compaixão é Fortaleza, ter Bondade é ter Coragem!"
Qual Mozart, com a sua Sinfonia Concertante...
Seria milagre que eles te acompanhassem
No teu jardim de sedução...
Onde quero mergulhar na paisagem que me dás
Com olhos encantados
A voz em exclamação,
Amor exacto, a preservar-te Menina.
O teu jardim verde de folhagem
E os azuis da tua água, são
Relíquias minha Menina...
Deixa-me caminhar devagar,
Como quem te abraça e,
Parar de envelhecer no tempo à espera do amor...
Do teu amor de Menina...
Maria João Reis Deus
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