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Apaixonada pela poesia e pela beleza que há na vida.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Dalton Ghetti

Dalton Ghetti

Sempre achei que poesia não precisa estar necessariamente escrita com palavras em folha de papel. Poesia pode ser tudo, depende dos olhos do espectador da vida.
Hoje, me deparei com fotos de esculturas de um poeta que, coincidentemente, usa o lápis e as mãos para se expressar, mas não com versos escritos.
Trata-se de Dalton Ghetti, um carpinteiro brasileiro radicado em Connecticut, nos Estados Unidos. Dalton esculpe o grafite de lápis e começou ainda criança na escola e faz isso até hoje como hobby. Suas mini-esculturas são feitas sob luz bem forte, preferencialmente a do sol, e sem lente de aumento ou qualquer tecnologia, utilizando apenas lâminas de barbear e agulhas de costura. Para poupar a visão, só trabalha nas esculturas durante no máximo 1 hora e meia por dia.
Segundo Ghetti, ele admira as pequenas coisas da vida. “Tem todo um mundo microscópico por aí que as pessoas sequer notam", diz ele.
Suas obras hoje estão na exposição Meticulous Masterpieces: Contemporary Art by Dalton Ghetti, Les Lourigan e Jennifer Maestre, no New Britain Museum of American Art, em New Britain, Connecticut.
"As pessoas veem minhas esculturas e olham de novo, de mais perto, e dizem: 'ah, tem algo aí'. Vivemos em uma sociedade de alta velocidade e não temos tempo para parar e refletir - é tudo vai, vai, vai. Eu espero que essas obras façam as pessoas parar e se dar conta de que há beleza em coisas pequenas."
Sua obra mais famosa é Alphabet, de 2005, e levou dois anos e meio para ficar pronta. São 26 pontas de lápis esculpidas com as letras do alfabeto.
Para mim, Ghetti é um poeta e merece ser visto.




 

Um comentário:

Silvana disse...

Que belo trabalho! Me fez lembrar de Manoel de Barros que só escreve com seus lápis cotocos.