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Apaixonada pela poesia e pela beleza que há na vida.

sábado, 25 de setembro de 2010

A mais bela poesia da vida
é a alegria de viver
um grande amor.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Agostinho Neto

António Agostinho Neto, nasceu em 17/9/1922 na região de Icolo e Bengo, próximo a Luanda. Médico, poeta e ativista pela independência de Angola.  
Vale a pena conhecer a obra poética desse homem que nunca desistiu de lutar pelo seu ideal.


Amanhecer

Há um sussuro morno
sobre a terra;
degladiam-se
luz e trevas
pela posse do Universo;
sente-se a existência
a penetrar-nos nas veias
vinda lá de fora
através da janela;

cresce a alegria na alma
a Vida murmura-nos doces fantasias.

Tangem sinos na madrugada
vai nascer o sol.





quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Bocage

Em 15/9/1765 nascia em Setúbal, Portugal, Manoel Maria Barbosa du Bocage, considerado um dos melhores poetas portugueses e, depois de Camões, o mais celebrado e conhecido.
Bocage foi poeta e tradutor. Sua obra é extensa, grandiosa e merece ser conhecida e reconhecida pela qualidade e valor histórico-cultural que possui.



Auto-retrato


Magro, de olhos azuis, carão moreno,
Bem servido de pés, meão na altura,
Triste de facha, o mesmo de figura,
Nariz alto no meio, e não pequeno;
Incapaz de assistir num só terreno,
Mais propenso ao furor do que à ternura;
Bebendo em níveas mãos, por taça escura,
De zelos infernais letal veneno;
Devoto incensador de mil deidades
(Digo, de moças mil) num só memento,
E somente no altar amando os frades,
Eis Bocage, em quem luz algum talento;
Saíram dele mesmo estas verdades,
Num dia em que se achou mais pachorrento.


                                                     Bocage

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

80 anos de José Ribamar Ferreira



Em homenagem aos 80 anos, completados hoje, de José Ribamar Ferreira, mais conhecido como Ferreira Gullar.

Um instante


Aqui me tenho
como não me conheço
         nem me quis


sem começo
nem fim

        aqui me tenho
        sem mim

nada lembro
nem sei

à luz presente
sou apenas um bicho
        transparente