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Apaixonada pela poesia e pela beleza que há na vida.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

À beira mar, na vazante

À BEIRA MAR, NA VAZANTE

de
Maria Zélia Gomes


Vi-te em sonhos
Distante …
À beira mar
Na vazante …
Na penumbra
De um olhar …
Tinhas um
Doce sorriso
A lembrar que
O preciso …
É não deixar
De … sonhar!


quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Espaços Vagos


Espaços vagos

Nos espaços vazios
ponho poesia.
Letras aladas, rimas distraídas
onde não há nada.
Dia chuvoso, tempo corrido
sustos, gritos.
No lugar desses
ponho melodia.
A alma não precisa estar atada ao chão
como uma casa que deseja outras
[ paisagens
mas está destinada à prisão.
Minhas lembranças desejam viajar
levitar pelo céu de devaneios
[ e maravilhas.
Que graça teria se a vida vivesse
[ apenas de realidade?
Por isso ponho poesia
nos espaços vagos da vida.
Cyelle Carmem Vasconcelos Pereira
João Pessoa/PB

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Na margem do Rio Piedra eu sentei e chorei

Sei o quanto de preconceito existe em torno dos livros de Paulo Coelho. Eu, pessoalmente, gosto do que ele escreve, sejam livros, contos ou músicas. Li a maioria de seus livros e sempre consigo encontrar trechos interessantes e algumas frases que podem ser levadas pela vida toda.
O livro "Na margem do Rio Piedra eu sentei e chorei" é um livro que trata do amor. Eis um trecho que gosto muito:
"O amor é sempre novo. Não importa que amemos uma, duaz, dez vezes na vida - sempre estamos diante de uma situação que não conhecemos. O amor pode nos levar ao inferno ou ao paraíso, mas sempre nos leva a algum lugar. É preciso aceitá-lo, porque ele é o alimento de nossa existência. Se nos recusamos, morreremos de fome vendo os galhos da árvore da vida carregados, sem coragem de estender a mão e colher os frutos. É preciso buscar o amor onde estiver, mesmo que isto signifique horas, dias, semanas de decepção e tristeza.
Porque, no momento em que partirmos em busca do amor, ele também parte ao nosso encontro.
E nos salva."

 Eis uma verdade incontestável: o amor nos salva!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Grafito

neste lugar solitário
o homem toda manhã
tem o porte estatutário
de um pensador de rodin

neste lugar solitário
extravasa sem sursis
como num confessionário
o mais íntimo de si

neste lugar solitário
arúspice desentranha
o aflito vocabulário
de suas próprias entranhas

neste lugar solitário
faz a conta mais doída:
em lançamentos diários

a soma de sua vida.

José Paulo Paes

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Na Rua

Um rosto simpático, ligeiramente pálido;
olhos castanhos, como que pisados;
parecem quando muito vinte os seus vinte e cinco anos.
Tem um não sei quê de artista no modo de vestir-se
- talvez a cor da gravata, o feitio do colarinho;
sem rumo certo vagueia pela rua,
como se hipnotizado pelo prazer ilegal,
o prazer tão ilegal que ainda há pouco desfrutou.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Desde que amanheceu

Desde que amanheceu
com quantos hoje se alimentou este dia?
Luzes letais, movimentos de ouro,
centrífugos pirilampos
gotas de lua, pústulas, axioma,
superpostos todos os materiais
do transcurso: - dores, exitências,
direitos e deveres -
nada é igual quando desgasta o dia
sua claridade e cresce
e logo enfraquece seu poder.

Hora por hora
com uma colher
cai do céu o ácido
e assim é o hoje do dia,
o dia de hoje.

Pablo Neruda