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sábado, 1 de agosto de 2009

Cesário de Sousa

Numa noite de 1995, estava com colegas de trabalho no Libanus. Provavelmente era uma sexta-feira, nem quente nem fria, típica do mês de agosto.
Passavam ambulantes, não os coreanos de hoje com suas quinquilharias eletrônicas. Naquele tempo, vendia-se incenso, bijus, livros. Um desses andarilhos noturnos de bar em bar, era o Cesário com seus livros de poesia, publicados por ele mesmo.
Apaixonada que sou pelos versos, comprei um exemplar do livro Utopia Cor Ação.
As poesias de Cesário têm a simplicidade do homem comum que encontrou na caneta e no papel a melhor forma de externar seus sentimentos todos.

Um Fim

Devem voar
os corações de pássaro
amarras não mais amarrar

Quando a gota d'água
rompe os diques da ilusão
da flor do amor perfeito
amor ferido sonho desfeito

Não devíamos chorar
doer vem de longe nos tempos
o querer continua seu caminhar

Há que compreender
- viver de intenso amar imenso -
o coração de pássaro.

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